User:Dalton Holland Baptista/Miltonia
Miltonia é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por John Lindley em Edwards's Botanical Register 23: t. 1976, em 1837, ao descrever a Miltonia spectabilis, sua espécie tipo. Receberam esse nome de Lord Fitzwilliam Milton, um orquidófilo inglês.
Anos atrás Miltonia subordinava diversas espécies de clima mais frio, do noroeste da América do Sul e outras da América Central que acabaram por serem removidas para outros gêneros, a maioria para Miltoniopsis, hoje considerados mais próximos de Cyrtochilum. As espécies remanescentes são dez. As espécies deste género são por vezes referidas como orquídeas amores perfeitos, mas as flores das miltoniopsis são as que mais se assemelham aos amores-perfeitos. É muito comum usar esta designação para qualquer dos géneros, o que pode gerar confusão.
As miltonia assemelham-se mais às oncidiums do que as miltoniopsis. A miltonia mais semelhante a um amor perfeito é a espécie Miltonia spectabilis. Os taxonomistas debatem hoje se deverão juntar o género miltonia ao género oncidium devido aos muitos pontos comuns entre ambos.
Distribuição
Estas robustas orquídeas epífitas, de crescimento cespitoso, ocorrem desde o centro do Brasil até à Argentina. Elas habitam tanto as matas mais secas como as úmidas e formam, quase sempre, touceiras respeitáveis, não raro cobrindo troncos e ramos inteiros e largas superfícies.
Descrição
As Miltonia apresentam rizoma algo mais curto que as Brassia e Aspasia. Seus pseudobulbos, ovais, alongados, bastante comprimidos lateralmente, são parcialmente recobertos por baínhas foliares, com uma ou duas folhas no ápice. As folhas são mais estreitas, delgadas e alongadas que as das Brassia. A inflorescência brota das axilas das baínhas que recobrem os pseudobulbos, ereta, racemosa, contendo uma flor solitária ou até quinze flores de tamanho médio a grande, bastante duráveis, mais ou menos espaçadas, normalmente vistosas.
As pétalas e sépalas algo parecidas mas diferentes entre si, bastante variáveis em seu formato, em regra eretas, por vezes coniventes. Apresentam labelo inteiro, algumas vezes levemente lobado, em regra muito largo, colorido, e vistoso, desprovido de calosidades, mas podendo apresentar leve engrossamento estriado ou carinífero próximo da base. Sua coluna não tem pé e contêm duas polínias rígidas. As flores possuem um odor suave e exótico.
As miltonia preferem um clima mais quente e são mais fáceis de cultivar que as miltoniopsis. Estes dois géneros formam um híbrido x Milmiltonia J.M.H.Shaw. Existem híbridos naturais entre várias espécies de Miltonia e estas têm sido utilizadas freqüentemente na produção de novidades vistosas.
Phymatochilum brasiliense: Em 2001, com base em resultados de análises filogenéticas o gênero recebeu o acréscimo de mais uma espécie, previamente classificada como Oncidium phymatochilum, a ser classificada como Miltonia phymatochila. Espécie de morfologia por demais divergente das outras Miltonia, esta proposta não encontrou eco entre muitos taxonomistas. Em 2005 Eric Christenson propôs um novo gênero uniespecífico para ela, que seria então denominada Phymatochilum brasiliense.
O Phymatochilum brasiliense não guarda praticamente nenhuma semelhança com as outras espécies subordinadas a este gênero. Apresenta pseudobulbos e folhas muito mais robustos. O rizoma é bastante curto e os pseudobulbos agregados, ovóides, curtos, lateralmente comprimidos, mas muito carnosos e fibrosos, arredondados, de cor muito mais escura, com matizes amarronzados, monofoliados, com folha larga, coriácea e bastante grande, no aspecto geral lembrando muito a vegetação da Maxillaria setigera. A inflorescência é paniculada, muito mais alta que as folhas, com mais de uma centena de pequenas flores espaçadas que a primeira vista lembram Oncidium, porém têm sépalas e pétalas eretas, onduladas, e longamente acuminadas.
Taxonomia
Espécies
Miltonia Lindl., Edwards's Bot. Reg. 23: t. 1976 (1837).
- Miltonia candida Lindl. (1838) (Brasil)
- Miltonia clowesii (Lindl.) Lindl. (1840) (Brasil)
- Miltonia cuneata Lindl., (1844) (Brasil)
- Miltonia flavescens (Lindl.) Lindl. (1841) (Brasil à Argentina)
- Miltonia kayasimae Pabst (1976) (Brasil)
- Miltonia moreliana A.Rich. (1848) (Brasil)
- Miltonia regnellii Rchb.f. (1850) (Brasil)
- Miltonia russelliana Lindl. (1841) (Brasil)
- Miltonia spectabilis Lindl., (1837) (Brasil)
Cultivo
- Luz: Plantas de bosque quieren luz intensa pero no soportan el pleno sol. Las Miltonia originarias del Brasil soportan una luminosidad muy intensa entre 20 000 lux y 35 000 lux.
- Temperatura: Son las condiciones de una Sierra variando según el origen sea Brasil, con unos dos grados de diferencia más que para asegurar una buena floración es necesaria una variación notable de temperatura
- Regas: Humedad ambiente de 60 a 70 % mínimo, además de una buena ventilación. Esta plantas exigen una cierta humedad, durante su desarrollo no se les debe de dejar secar completamente el sustrato. Las Miltonia no conocen ningún periodo de reposo, en el invierno los riegos deben de ser más espaciados.
- Adubação: Las orquídeas no son muy exigentes en el abonado. En Primavera se les puede suministrar una fórmula estandar de 20-20-20 correspondientes al Nitrógeno, Fosfato y Potasio para estimular la nueva generación de hojas. Un abonado debe de ser seguido de 2 riegos con agua clara. Un exceso de abono puede necrosar las raíces.
- Limpeza: Debido a que la planta posee numerosos seudobulbos, se debe de entresacar además de conseguir nuevas plantas, para mantenerla vigorosa. El aclareo debe de hacerse todos los años a final de Septiembre y ser precedido por una limpieza de la planta, quitándole las raíces muertas ( marronáceas y vanas ), las vivas son blancas y verdes en los extremos. Para estimular la actividad de las raíces se debe de poner un tiesto más bien pequeño. El grano del substrato utilizado debe de ser una mezcla de corteza de pino, carbón vegetal y de poliestireno expandido.